Organizador gráfico–outra forma de compor resumos!

     O organizador gráfico é outra forma forma de ensinar a garotada a estudar, ler, interpretar, resumir e ainda localizar informações.

    As atividades de resumo precisam fazer parte da rotina dos alunos procurando diferenciar as estratégias atingindo assim toda a turma. O trabalho com organizador gráfico pode ser adequado para textos menores assim os alunos vão aprendendo a ler para estudar, é importante também que o professor direcione o olhar da criança para que aprenda a localizar informações no texto até que consiga realizá-la com autonomia. Ação do professor: realizar a atividade em sala de aula.

Organizar gráfico sobre um texto expositivo

Elas têm muitos segredos

(Henrique Moisés Canter – divisão Cultural do Instituto Butantã – Revista Recreio –ano 2)

Elas têm muitos segredos 1º
Família
Onde vive?
Quantas espécies?
E no Brasil?
Como é o corpo?
Alimentação
Elas sentem frio 2º
Onde não há cobras?
Encantamento 3º
Que técnica os encantadores de serpente usam?
Cheirar com a língua?4º
Como as cobras sentem cheiro?
Comida quente 5º
O que são fossetas loreais?
Para que servem?
Sem óculos 6º
Enxergam bem?
Cadê as orelhas? 7º
Têm orelhas?
Como percebem alguns sons?
Pele colorida 8º
Onde ficam seus órgãos do tato?
No sol ou na sombra? 9º
Como é a temperatura do corpo?
Cobrinhas 10º
Como se reproduzem?
Por que as cobras trocam de pele?
Fique longe delas 11º
Onde fica o veneno das cobras?
O que são cobras peçonhentas?
No Brasil, quais são as cobras peçonhentas?
Elas atacam humanos?
O que fazer se alguém for picado por uma cobra?
As recordistas 12º
Qual a maior cobra?
E no Brasil?
Qual a menor?
E a mais venenosa?

Texto: ELAS TÊM MUITOS SEGREDOS

    Se aparece em uma história, geralmente a cobra é malvada. Mesmo na vida real todo mundo tem um pouco de medo desse réptil. Ele pode ser perigoso, mas é um bicho interessante, que tem características bem curiosas e consegue viver em vários lugares do planeta.

   Há cerca de 2500 espécies de cobras no mundo e 260 tipos diferentes no Brasil.

   Elas podem morar no alto das árvores, em terra ou mesmo na água. Em qualquer ambiente o corpo alongado, sem braços nem pernas, é uma vantagem, pois permite que se movimentem quase sem fazer barulho e entrem em esconderijos apertados.

  A alimentação varia de acordo com a espécie. Algumas gostam de pequenos mamíferos, como roedores. Outras se alimentam de minhocas e larvas de insetos. Há aquelas que preferem ovos e até as que comem animais bem grandes, como a sucuri que pode engolir uma capivara.

  Para as cobras aquela história de ter o olho maior do que a barriga é normal. Elas atacam animais que aparentemente não poderiam engolir, porque abrem muito a boca.

ELAS SENTEM FRIO

   Há cobras no mundo todo, menos nos pólos, em montanhas muito altas e em certas ilhas. As que vivem em regiões tropicais, como a falsa coral, do Brasil, estão sempre ativas. Mas em países muito frios às vezes elas hibernam nas tocas e só saem quando esquenta.

 

ENCANTAMENTO

   Você já deve ter visto encantadores de serpentes em livros ou na TV. Eles parecem controlar as cobras com música. Mas isso é só um truque, pois muitas delas são surdas. Às vezes o encantador é que acompanha os movimentos do bicho. Outra técnica é passar o xixi de um animal na flauta para chamar a atenção da cobra.

CHEIRAR COM A LÍNGUA?

   As cobras vivem mostrando a língua porque é assim que sentem cheiros. As partículas que existem no ar grudam nas pontinhas da língua. Essas duas pontas se encaixam em duas aberturas no céu da boca, onde os odores são percebidos pelo animal.

 

COMIDA QUENTE

   As fossetas loreais são dois buraquinhos que, na maioria das espécies, ficam entre o olho e a narina. Por eles, as cobras percebem calor e localizam pequenos mamíferos, que costumam ser mais quentes do que o ambiente. É assim que elas perseguem suas caças.

 

SEM ÓCULOS

   Mesmo com olhos grandes, elas não enxergam bem.

 

CADÊ AS ORELHAS?

   Não adianta procurar. As cobras não têm orelhas, mas percebem alguns sons, como o de passos, pelas vibrações que eles produzem.

 

PELE COLORIDA

   A pele é coberta por escamas. Abaixo delas, estão os seus órgãos do tato.

NO SOL OU NA SOMBRA?

   A temperatura do corpo muda junto com a do ambiente. Elas procuram lugares frescos quando faz calor e áreas quentes quando está frio.

 

COBRINHAS

   Algumas cobras se reproduzem Por meio de ovos. Em outras espécies o embrião se desenvolve no corpo da mãe e só sai quando está formado.

   Alguns tipos protegem e até chocam os ovos, mas, quando os filhotes nascem, têm de se defender sozinhos dos predadores.

   Normalmente a primeira coisa que os filhotes fazem é colocar a língua para fora e cheirar o ambiente.

   Eles se desenvolvem rápido e em pouco tempo não cabem na própria pele. Embaixo da pele antiga se forma uma nova, um pouco maior. Quando ela fica pronta, o bicho sai da pele antiga como se tirasse uma meia. Por estarem sempre crescendo, as cobras mudam de pele várias vezes na vida.

FIQUE LONGE DELAS!

   O veneno é a saliva da cobra, que contém substâncias tóxicas. Todas elas têm veneno, mas a maioria não tem como injetá-lo. As que conseguem, em geral têm um tubo nos dentes que leva o veneno até a vítima e são chamadas de peçonhentas. No Brasil. As cobras peçonhentas mais conhecidas são a jararaca, a cascavel, a surucucu e a coral.

  Normalmente, elas atacam humanos quando se sentem ameaçadas. Por isso nunca se aproxime de uma. Ao andar no mato use botas e não segure em galhos. Evite colocar a mão em montes de folhas, tocas de bichos, cupinzeiros e buracos em troncos. A limpeza também é importante para evitar os ratos, que atraem cobras.

  Se acontecer um acidente, a vítima deve ficar deitada e ser atendida rapidamente por um médico. Ela precisa receber um soro especial, que é feito a partir do veneno das próprias cobras.

 

AS RECORDISTAS

Maiores: a píton, da Ásia e África, com até 12 metros. No Brasil, a sucuri, com 10 metros.

Menores: as cobras-cegas do subsolo, com 20 centímetros.

Venenosas: as mambas da África são as que têm o veneno mais tóxico para o homem.

Profª Jaqueline Pizzetti